Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de ovário é a oitava neoplasia mais comum nas mulheres do Brasil. Estima-se que, em 2023, cerca de 7.310 mulheres serão diagnosticadas com essa doença no país.
O tipo histopatológico do câncer de ovário depende da célula de origem do tumor. No ovário, as neoplasias podem se originar de células epiteliais, células germinativas ou células estromais. A maioria dos cânceres de ovário (95%) possui sua origem na célula epitelial desse órgão.
Tendo como origem nas células epiteliais, os seguintes quadros são possíveis:
- Carcinoma seroso de alto grau (70 a 80% de todos os tumores de ovário);
- Carcinoma endometrióide;
- Carcinoma de células claras;
- Carcinoma mucinoso;
- Carcinoma seroso de baixo grau;
- Tumor borderline.
Já os quadros que têm origem nas células germinativas são estes:
- Coriocarcinoma;
- Teratoma Imaturo;
- Tumor de seio endodérmico;
- Disgerminoma;
- Carcinoma embrionário.
Por fim, os quadros com origem nas células estromais são estes:
- Tumores da célula da granulosa
- Tumores de Sertoli-Leydig
Como o câncer de ovário é tratado?
Como em qualquer tipo de patologia oncológica, o tratamento depende de diversos fatores. No caso do câncer de ovário, os elementos a seguir são alguns dos quais o médico avalia para definir o que será indicado para cada paciente:
- Qual tipo de tumor
- Qual o estadiamento
- Qual a condição clínica da paciente
- Outras doenças que a paciente possua
- Se possui prole constituída
- Status de menopausa
- Se a paciente possui mutação nos genes BRCA1 ou BRCA2
- Tratamentos anteriores
Para fins de simplificar, aqui falaremos somente do tratamento do tipo mais comum de tumor de ovário, o carcinoma seroso de alto grau. As modalidades de tratamento mais comumente utilizadas são cirurgia, quimioterapia e terapia alvo.
Confira a seguir mais detalhes desses métodos de tratamento para o câncer de ovário:
Cirurgia
A cirurgia tem papel fundamental no tratamento, diagnóstico e estadiamento. Na maioria dos casos, é necessário a ressecção dos dois ovários, das duas trompas, do útero, do omento (parte do peritônio) e às vezes de linfonodos. Dependendo do volume de doença, pode haver necessidade de cirurgias ainda mais amplas. O objetivo é, sempre que possível, retirar toda doença macroscópica observada durante o ato cirúrgico.
Sabe-se que quanto menor volume de doença residual, melhor o prognóstico. Consulte-se com um cirurgião oncológico.
Quimioterapia
A quimioterapia pode ser utilizada de maneira complementar a cirurgia, para diminuir o risco de recidiva de doença. Ou pode ser usada com intenção de controle de doença quando essa não tem possibilidade de ressecção completa.
A classe farmacológica da platina é a mais ativa na neoplasia de ovário. Sendo utilizada tanto no tratamento adjuvante, neoadjuvante e no paliativo.
Terapia alvo
Um dos avanços recentes no tratamento do câncer de ovário, é o uso de terapia alvo com a medicação Olaparibe. Pacientes que possuam a mutação no gene BRCA1 ou BRCA 2 podem ter indicação dessa medicação, que impede as células tumorais de consertar os danos no DNA tumoral e com isso ocorre morte celular.
O câncer de ovário é uma doença que exige cuidado especializado. Converse com o oncologista e com o cirurgião oncológico para que seja possível traçar o melhor plano de tratamento.
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