Ao receber um diagnóstico, é muito fácil entrar em uma espiral de preocupações. Só que é justamente nesse momento em que você precisa manter a calma e encarar a situação com objetividade. Quem descobre estar sofrendo de carcinoma ductal pode caminhar em direção à cura ao captar mais informações sobre a doença.
O termo “carcinoma ductal” costuma ser utilizado como um sinônimo para o câncer de mama. Na verdade, trata-se de um subtipo da doença que é o mais comum encontrado entre as pacientes.
Ainda assim, quando o assunto é saúde, é sempre importante ser o mais específico possível. Afinal, outras variações do câncer de mama têm características diferentes que podem mudar o tratamento.
A seguir, você aprenderá mais sobre as particularidades do carcinoma ductal e como é o tratamento da doença. Confira!
O que é carcinoma ductal?
Carcinoma ductal é a denominação do tipo de câncer de mama mais comum. Ele se origina em um duto de leite e pode invadir a parede dele para chegar ao tecido adiposo da mama.
Existem dois subtipos principais ao se tratar do carcinoma ductal. O carcinoma ductal in situ, também chamado de não invasivo, se refere a um estágio bem inicial da doença. Por conta disso, tem uma taxa de cura de 98% se detectado a tempo.
O subtipo in situ pode evoluir para o carcinoma ductal invasivo, que é quando a parede do duto de leite é invadida pelas células cancerígenas. Por meio da metástase, pode chegar às demais regiões do corpo. Segundo levantamento da American Cancer Society, 70% dos casos de câncer de mama são desse tipo.
Quais são os estágios de evolução do carcinoma ductal?
Conheça a seguir os principais estágios de evolução do carcinoma ductal e suas características:
Estágio 0: As células cancerígenas ainda não invadiram as paredes dos dutos de leite e podem ainda não ter gerado nódulos. Pode ser detectado pela mamografia e tem altíssimo percentual de cura.
Estágio 1: A partir do estágio 1, o tumor cancerígeno já invadiu o tecido protetor dos dutos. No entanto, mede menos de 2 cm e ainda não atingiu as glândulas linfáticas da axila. Por ter nódulo, pode ser detectado no autoexame, via mamografia e radiografia.
Estágio 2: Com o nódulo medindo entre 2 e 5 cm, já houve o contato com os linfonodos. A partir desse estágio, além da cirurgia e radioterapia, é necessário realizar quimioterapia e hormonoterapia.
Estágio 3: A partir desse estágio, os tumores medem mais de 5 cm e já se espalharam por vários linfonodos das imediações. Também pode ter atingido músculos e a pele. Assim como no estágio anterior, é recomendado cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Estágio 4: No último estágio do carcinoma ductal, os tumores já estão em metástase e as glândulas linfáticas estão tomadas. O câncer já chegou a outras partes do corpo. A taxa de sobrevivência depende de onde estão os tumores e a resposta da paciente ao tratamento.
Como é o tratamento do carcinoma ductal?
Antes de se aprofundar no assunto, é importante distinguir os dois principais tipos de carcinoma ductal. Cada um deles possui tratamentos e processos de recuperação diferentes.
O carcinoma ductal in situ é a versão não invasiva, ou seja, que não chegou a perfurar a parede dos dutos de leite. Já o carcinoma ductal invasivo é aquele em que as células cancerígenas conseguiram se espalhar além desses limites iniciais.
Veja a seguir como é o tratamento do carcinoma ductal considerando seus dois tipos principais:
Carcinoma ductal in situ (não invasivo)
Em casos de carcinoma ductal in situ, ou seja, não invasivo, a mastectomia costuma ser suficiente para proporcionar uma alta taxa de cura. Em seguida, pode ser realizada a reconstrução mamária com a preservação da pele da mama.
Em geral, não é necessário realizar radioterapia. Caso exista risco de recorrência em um quadro de carcinoma ductal in situ, o tratamento pode incluir ressonância magnética para analisar o quanto a doença se estendeu.
Carcinoma ductal invasivo
Também chamado de carcinoma ductal infiltrante, refere-se ao tipo de câncer de mama em que as células cancerígenas já conseguiram romper a parede do duto de leite, chegando ao tecido adiposo da mama.
Na maioria dos casos, são realizadas cirurgias para remover os tumores, como a mastectomia radical ou a lumpectomia. Dependendo do estágio de evolução da doença, pode ser recomendado o uso de radioterapia, quimioterapia e terapia hormonal com modulador do receptor de estrógeno.
É possível que o câncer tenha se espalhado até os gânglios linfáticos das axilas, que precisarão ser removidos se este for o caso.
Como garantir um tratamento de qualidade?
A qualidade do tratamento do carcinoma ductal não depende apenas da gravidade da doença como também da estrutura utilizada para tratá-la. Por se tratar de um problema de saúde delicado, necessita tanto atenção quanto experiência.
Além de estrutura e um bom corpo médico, um tratamento humanizado é essencial. Isso significa olhar para o paciente como uma pessoa em vez de apenas mais um número em uma planilha. Requer considerar as necessidades dele e proporcionar o melhor tratamento possível.
Outro tópico importante se refere ao acesso à medicação para eliminar as células cancerígenas. Ela precisa ser pensada especialmente para o peso e demais características do paciente. Conte com uma estrutura que atue em alinhamento com protocolos internacionais.
O carcinoma ductal não é um sinônimo de câncer de mama, mas representa o tipo mais comum dessa doença. Apesar disso, é essencial contar com a devida orientação médica para entender as particularidades do seu quadro e saber quais são os próximos passos a serem seguidos.