O diagnóstico de câncer nunca é fácil, seja para o médico que informa, para o paciente que recebe e para as pessoas que formam essa rede de apoio. Mas você sabe como pode ajudar a facilitar essa caminhada para pacientes oncológicos?
Os médicos têm uma função clara: são responsáveis por estudarem e darem o melhor tratamento para cada caso. O trabalho do paciente é levar o tratamento a sério e acreditar que essa é sempre a melhor decisão a ser tomada. Mas e os familiares? Onde entram nessa equação? No apoio emocional e psicológico – tão fundamental para a estabilidade do paciente oncológico.
A rede de apoio, formada por familiares e amigos, é responsável por mostrar ao paciente que ele continua sendo a mesma pessoa que sempre foi – que a doença não é o fim e não precisa ser uma setença para quem a adquire. Essa sensação de normalidade ajuda muito o emocional de quem passa por tratamentos oncológicos porque dá perspectiva – algo que acaba se perdendo muitas vezes quando escutamos, pela primeira vez, o nome “câncer”.
O paciente tem que ter perspectiva e é papel dos familiares, amigos e da rede de apoio de quem está presente na vida dessa pessoa mostrar que o futuro é bom e que ele estará lá também. Em contrapartida, é fundamental que o paciente também consiga enxergar o presente com algum apreço e sensações boas – por mais que o tratamento, muitas vezes, exija demais.
A principal “lição de casa” de quem convive com pacientes oncológicos é trazer os pés da pessoa para o chão e mostrar que não é o fim do mundo, tratamentos existem e são eficazes na grande maioria das vezes. O câncer é uma doença que pode afetar qualquer pessoa – ainda que existam alguns “grupos” de maior risco, ela afeta uma enorme diversidade de pessoas, das mais variadas formas e, em grande parte das vezes, pacientes se curam.
Se o seu amigo/familiar estiver enfrentando esse diagnóstico de câncer, esteja presente no seu dia a dia, não tenha dó do paciente – ele continua sendo a pessoa que você conhece -, procure animá-lo contando planos e perguntando sobre sua vida (para além do câncer). Se mostre interessado na pessoa, não na doença. Esse cuidado e atenção são fundamentais para quem os recebe e gratificantes para quem os dá.