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Descobri um câncer durante a gravidez: o que faço?

Descobri um câncer durante a gravidez: o que faço?
Autor(a): Clínica Oncocenter
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Se você descobriu um câncer durante a gravidez, a primeira coisa a se fazer é manter a calma e procurar por especialistas que vão te auxiliar nesse momento delicado. Após o diagnóstico, é fundamental que exista um trabalho em conjunto entre o ginecologista/obstetra e o oncologista para buscar a melhor alternativa sempre visando tratar a doença e preservar a gravidez e o útero.

O câncer na gravidez – que inclui os tumores diagnosticados tanto durante a gestação como durante o puerpério (período de até um ano após o nascimento do bebê) – não é um desafio impossível de ser vencido. Claro que cada caso exige avaliação individual já que, apesar do desenvolvimento da ciência e da tecnologia, muitos tratamentos ainda causam grande efeito danoso no feto. Sendo assim, o tratamento oncológico para gestantes dependerá de uma série de fatores como:

  • Quadro geral de saúde da paciente,
  • Idade gestacional,
  • Tamanho e localização do tumor,
  • Se houve ou não metástase.

Com uma incidência de um a três casos a cada mil gestações, o câncer de mama é o tipo mais frequente, seguido dos de colo uterino, leucemia, linfoma e ovário.

O índice de cura não se diferencia de uma mulher que não esteja grávida para uma gestante. Em todos os casos, o diagnóstico e tratamento precoces é o que fazem realmente a diferença para a paciente. Por isso é tão mencionada a importância de manter os exames de rastreamento durante a gestação, como a mamografia (que deve ser feita com proteção de avental de chumbo na área abdominal da gestante) e informar o médico responsável do pré-natal se existe histórico familiar da doença. As mães no puerpério também precisam ficar atentas a sinais e sintomas, como o surgimento de nódulos e, caso note algo fora do comum, procurar um especialista.

Tratando o câncer na gravidez

Na maioria dos casos, a gestação não precisa ser interrompida e alguns tratamentos como a quimioterapia podem ser realizados. Porém, no primeiro trimestre da gestação, ela deve ser evitada por ser o período em que a maior parte dos órgãos do feto se desenvolve e também quando se está próximo do parto, já que podem acontecer algumas complicações neste momento. Não há evidências de má formação com a quimioterapia aplicada no segundo ou terceiro trimestre.

No caso do câncer de mama, por conta das alterações que elas sofrem durante a gestação, pode ser mais difícil de diagnosticar a doença devido ao aumento do volume e densidade, o que compromete a detecção de nódulos na mamografia. Existe a possibilidade de realizar uma ultrassonografia, mas é necessária muita atenção do profissional pois ele precisa ser capaz de diferenciar o que é uma lesão e o que são características típicas da mama na gravidez. Se for o caso de uma identificação de um nódulo suspeito, o próximo passo para conclusão do diagnóstico é a realização de biópsia.

A cirurgia para extração do tumor do câncer de mama pode ser realizada em qualquer momento da gravidez, inclusive nos três primeiros meses. Se necessário, alguns tipos de quimioterapia podem ser utilizados a partir do segundo trimestre. Já a radioterapia e a hormonioterapia não podem ser adotadas em gestantes pois apresentam risco de má formação fetal, distúrbios de crescimento do feto e até aborto e por isso devem ser evitadas.

Um tratamento essencial para a retirada de tumores é a cirurgia oncológica. Em geral, ela é segura para gestantes e a anestesia não apresenta riscos ao bebê. Pode ser realizada em qualquer fase da gravidez e é indicada para tumores de colo de útero em fase inicial e restritos ao colo, mantendo o corpo do útero onde está o bebê. Em estágio mais avançado, o tratamento é com quimioterapia, realizada após os três primeiros meses da gestação. Quando é necessário retirar o corpo do útero, existe a opção de postergar a cirurgia para o momento do parto, precisando ser cesariana nesses casos.

Sendo um tipo bem mais raro na gravidez, o câncer de ovário requer cirurgia para retirada do órgão afetado, independentemente da fase da gestação. Caso seja o mesmo ovário do corpo lúteo (estrutura que se desenvolve no ovário e ajuda a manter a gravidez até a 16ª semana), é necessário suplementar o hormônio progesterona para então evitar um aborto. Após a cirurgia, um tratamento complementar com quimioterapia poderá ser indicado.

Para outros tipos de cânceres, é possível seguir a mesma linha de indicações e restrições quanto às abordagens terapêuticas mencionadas. Após o parto, os tratamentos de ponta (como imunoterapia e terapias-alvo) podem ser adotados por não servirem como alternativas para o período de gestação. Já a quimioterapia e a radioterapia são seguras para a fase da amamentação, porém, é recomendada a suspensão durante a quimioterapia.

Então, é possível sim manter a gravidez, ter o bebê e tratar a doença. Mas neste momento, um acompanhamento multidisciplinar, principalmente psicológico, é essencial para apoiar a paciente e ajudar a diminuir a ansiedade ao lidar com sentimentos tão opostos ao mesmo tempo. Cabe à equipe responsável esclarecer detalhadamente cada etapa do processo acolhendo a paciente da melhor forma possível.

Para continuar acompanhando outras informações sobre oncologia, é só acessar nosso blog que é repleto de conteúdos importantes que podem te ajudar bastante neste momento.

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