Todos os anos, cerca de 225 mil homens são diagnosticados com câncer no Brasil. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), os cinco tipos de câncer mais comuns entre homens – sem considerar o câncer de pele, que é o mais recorrente no país – são o de próstata, o colorretal, o de pulmão, o de estômago e o de boca.
Aproveitando que estamos em novembro, mês da tradicional campanha de prevenção ao câncer de próstata, continue a leitura deste artigo para saber mais detalhes sobre cada um desses tipos de câncer tão comuns na população masculina.
Câncer de próstata
Desconsiderando o câncer de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais comum nos homens. O seu principal fator de risco é a idade: cerca de 6 a cada 10 casos diagnosticados são em homens com mais de 65 anos. Outro fator de risco é o histórico familiar de câncer de próstata.
Os principais sinais de atenção para a doença estão ligados a alterações no fluxo urinário, como jato fino, sangue na urina e a necessidade de urinar mais vezes. Esses sintomas também podem ocorrer em doenças benignas como hiperplasia benigna de próstata e prostatites. Sintomas como dores na região pélvica, costelas e costas estão relacionados a doenças em estágios mais avançados.
Câncer colorretal
Os canceres de cólon e reto têm origem e desenvolvimento bem definidos e costumam começar com lesões localizadas na superfície interna do intestino – os chamados pólipos. Essas lesões são potencialmente malignas, mas podem ser diagnosticadas e tratadas em fase precoce, o que impede a sua evolução para um câncer.
Os principais sintomas são sangramentos intestinais, alterações no hábito intestinal, dor abdominal, perda de peso, redução do apetite, fraqueza e obstrução do intestino. O diagnóstico é feito por meio de exames de colonoscopia e de pesquisa de sangue oculto nas fezes, sendo que pessoas acima de 45 anos devem se submeter a esses exames periodicamente a depender do resultado.
Câncer de pulmão
A cada cem novos casos de câncer entre homens no Brasil, cerca de oito são no sistema respiratório (pulmão, traqueia e brônquios) – sendo que o tabagismo ainda é a sua principal causa, estando relacionado a mais 80% dos diagnósticos. Em seu estágio inicial, os sintomas mais comuns são tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, pneumonia ou bronquite recorrente.
Em geral, o diagnóstico é feito por exames clínicos, laboratoriais e radiológicos. Fumantes ou ex-fumantes podem ter indicação de rastreamento anual com tomografia de tórax de baixa dose dependendo do cálculo da carga tabágica. Quanto antes o diagnostico for realizado, maior será a chance de encontrar o tumor em fase inicial e aumentar as chances de sucesso. Lembrando que parar de fumar é benéfico tanto para prevenção quanto para quem diagnosticou câncer de pulmão.
Câncer de estômago
Também chamado de câncer gástrico, se desenvolve a partir de alterações no revestimento interno do estômago. Fatores de risco para a doença são obesidade, tabagismo, etilismo, alto consumo de alimentos ultraprocessados e embutidos e infecção pelo H. pylori.
Este é um tipo de câncer que possui sintomas inespecíficos, como perda de peso, falta de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, náuseas, vômitos e desconforto abdominal persistente. O diagnóstico é feito por meio do exame de endoscopia digestiva, que permite ao médico visualizar o estômago e o esôfago.
Câncer de boca
Também conhecido como câncer da cavidade oral, caracteriza-se pelo desenvolvimento de células tumorais nos lábios, bochechas, gengivas, céu e bordas da boca e embaixo da língua. É mais comum em homens a partir dos 40 anos com histórico de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.
E fundamental atentar-se a sinais como feridas sem cicatrização na boca ou nos lábios, manchas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, nas gengivas, no céu da boca ou nas bochechas, além de nódulos no pescoço e rouquidão persistente. Infelizmente, o diagnóstico da maioria dos casos é feito já em estágios avançados.
Apesar de fatores de risco como idade e histórico familiar serem comuns para o surgimento desses diversos tipos de câncer em homens, muitos casos da doença estão ligados a fatores externos que podem ser controlados e evitados. Sendo assim, a adoção de hábitos mais saudáveis no dia a dia é fundamental para reduzir os riscos, e a avaliação médica para decidir sobre exames de rastreio ou diagnósticos deve ser encorajada.
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