Um dos maiores receios de pacientes diagnosticados com câncer é encarar a doença mais uma vez. Essa preocupação é compreensível, visto que depois de passar pelo tratamento o paciente tem ciência dos desafios para lidar com o diagnóstico. Mas é importante deixar claro que um segundo câncer é totalmente diferente de uma recidiva da doença.
Outro apontamento relevante e necessário é que, felizmente, nem todos os pacientes irão apresentar a doença novamente, ficando totalmente livres e curados após o término do tratamento.
Mas o que é, afinal?
Para entender melhor o que é um segundo câncer e como ele ocorre, é preciso saber que algumas pessoas podem ser afetadas por diversos outros tipos de problemas de saúde não relacionados ao primeiro câncer, como também podem apresentar efeitos colaterais ao tratamento.
Um novo câncer pode se desenvolver no mesmo órgão ou região acometida anteriormente, como também pode surgir também em um novo órgão ou tecido. A questão é que muitas vezes não está clara a causa de um novo segundo tipo de câncer ou a sua possibilidade de risco.
Apesar de não ser possível prever quais indivíduos podem desenvolver um segundo tipo de câncer, ainda assim, a genética, hábitos de vida e agentes causadores de câncer conhecidos, como o tabagismo ou o consumo excessivo de álcool, por exemplo, podem ser fatores de risco.
Outro fator levado em consideração por especialistas é a idade da pessoa, uma vez que pacientes que tiveram a doença ainda muito jovens têm a possibilidade de apresentarem um novo câncer ao longo da vida.
Riscos Relacionados ao Tratamento
Como já dito, não é possível prever quais pacientes poderão desenvolver um novo câncer no futuro, embora alguns tratamentos da primeira doença possam oferecer certo risco.
A radioterapia e a quimioterapia, por exemplo, mesmo muito menos comum atualmente, podem causar mudanças, até mesmo genéticas, que poderiam causar o aparecimento de um segundo câncer.
Um exemplo são alguns tipo de leucemia, como a leucemia mieloide aguda (LMA), a leucemia mieloide crônica (LMC) e a leucemia linfoide aguda (LLA), que podem derivar da exposição às radiações. O risco do surgimento dessas doenças dependem de diversos fatores, como a taxa da dose de radiação recebida, por exemplo, e outras fontes.
Riscos relacionados ao estilo de vida
Estilo de vida e hábitos que provavelmente foram fatores determinantes para um primeiro câncer também continuam sendo indicativos para um segundo surgimento da doença.
Entre eles estão: o tabagismo, a obesidade, o alcoolismo, a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) e a exposição solar excessiva.
Exemplificando, um fumante que em um primeiro momento teve câncer de pulmão pode vir a desenvolver, mais tarde, um câncer de boca e orofaringe ou bexiga. Pessoas que tiveram infecção por HPV, podem vir a ter um câncer de garganta, assim como a obesidade é fator de risco para cânceres de estômago, fígado, cólon e pâncreas, entre outros.
Medidas para diminuir o risco
Uma das medidas mais importantes para quem já teve câncer é manter, mesmo após o êxito do primeiro tratamento, uma rotina de acompanhamento médico, envolvendo exames de rastreamento e adoção de hábitos saudáveis.
O paciente deve realizar acompanhamento pós-tratamento, que será eficaz em caso de diagnóstico precoce.
Além disso, é necessário prezar pelo bem-estar e saúde de modo geral, seguindo algumas orientações, como:
- Praticar atividades físicas regulares;
- Manter uma alimentação saudável e, se necessário, dieta recomendada pelo seu médico;
- Não fumar;
- Evitar o consumo de álcool;
- Controlar o peso, evitando a obesidade.
Por isso, para diminuir o risco do surgimento de um segundo câncer, lembre-se sempre de manter uma rotina saudável e contar com acompanhamento clínico.
Para ler outros textos como este, acompanhe nossa página no Facebook. E para dicas de saúde, siga o nosso Instagram clicando aqui.