O câncer colorretal é o tumor que surge no órgão chamado intestino grosso. As células que originam o câncer colorretal estão localizadas na parede interna do órgão. A doença é curável se detectada cedo, antes de se espalhar para outros órgãos.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer colorretal corresponde a 8% dos novos casos de câncer anualmente tanto em homens quanto em mulheres.
O processo de surgimento do câncer, habitualmente, demora anos para ocorrer, e é iniciado com hiperproliferação das células e formação de pólipos intestinais do tipo adenoma. Durante esse tempo, as células vão desenvolvendo cada vez mais mutações até que a doença é gerada.
A importância de entender as particularidades do câncer de colorretal é que essa compreensão ajuda a preveni-lo. Isso pode ser feito através da colonoscopia de rastreio.
Neste artigo, você conhecerá as informações mais importantes sobre os tipos de câncer colorretal e também como o diagnóstico é realizado.
Tipos de câncer colorretal
O tipo de câncer colorretal mais comum e que representa 95% dos tumores que afetam o intestino grosso é o Adenocarcinoma. Quando falarmos de câncer colorretal, neste artigo, estaremos falando do Adenocarcinoma.
Outros tipos histológicos apesar de mais incomuns, também podem afetar o intestino grosso. São eles:
Tumor neuroendócrino
Originados de células neuroendócrinas localizadas no intestino grosso. Os tumores neuroendócrinos podem produzir hormônios, e quando isso acontece o paciente pode apresentar diversos sintomas relacionados a essa produção.
Linfomas
Originados nos linfócitos, isto é, nas células de defesa que se localizam no intestino grosso. Apesar de se localizar em um órgão sólido, é uma neoplasia hematológica, pois sua célula de origem é do sistema hematopoiético. O médico responsável pelo seu tratamento é o hematologista.
Tumor estromal gastrointestinal
Originam-se das Células de Cajal, que são as responsáveis pela regulação da peristalse do trato digestivo. Na maioria dos casos, possuem características moleculares que são usadas como alvo terapêutico.
Melanoma
São originados nos melanócitos localizados na mucosa intestinal. São tumores raros e representam menos de 1 % de todos os cânceres do intestino grosso. Os melanomas de mucosa possuem características clínicas e prognósticas diferentes dos melanomas originários da epiderme.
Leiomiossarcomas
Originados nas células de músculo liso que compõem o intestino grosso.
Diagnóstico do câncer colorretal
A colonoscopia de rastreio é recomendada a partir dos 50 anos em pessoas sem sintomas que possuam risco habitual para o desenvolvimento da doença. Ou seja, não são portadoras de síndromes genéticas que aumentam o risco e não possuem história familiar.
Se um pólipo é detectado na colonoscopia, ele é retirado e analisado para que seja possível gerar o diagnóstico do tipo de pólipo e se é adenomatoso, impedindo a progressão dele até o adenocarcinoma.
Além da colonoscopia, outras formas de prevenção englobam mudanças de hábito de vida. Não fumar, redução no consumo de carne vermelha e carnes processadas, realização de atividade física regular, evitar a obesidade.
Alguns dos fatores de risco para o câncer colorretal são:
- sexo masculino;
- idade maior que 50 anos;
- história familiar de câncer colorretal;
- síndromes hereditárias como Polipomatose Familiar, Doença Inflamatória Intestinal;
- sedentarismo;
- obesidade;
- tabagismo;
- dieta pobre em fibras e rica em carne vermelha e carnes processadas.
Tendo em vista as diferenças entre os tipos de câncer colorretal e as características do desenvolvimento da doença, fica mais simples ficar por dentro da própria saúde. Lembre-se: busque sempre a orientação do seu médico para obter um diagnóstico preciso e dar início ao tratamento que for necessário naquele momento.
E agora, que você está melhor informado sobre o câncer colorretal, o que você pode fazer hoje para preveni-lo? Converse com seu médico.